Coluna FocoPolítico desta sexta-feira
Apesar de ser um movimento tardio, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) parece ter entendido que deixar a política fora do poder executivo não é o cominho mais fácil para governar. Com a corda esticada, deve evitar um desgaste no início do governo e sinaliza ao legislativo que vai abrir diálogo e escutar os anseios da classe política.
Com pautas que precisam passar pelo crivo da ALEPE e ser aprovada pelos parlamentares, o caminho é diminuir a tensão entre deputados e o novo governo. Interlocutores sinalizaram que a governadora estaria disposta a ceder e abrir espaço para a política no executivo, e o segundo escalão pode ser o caminho para contemplar políticos e partidos que ficaram de fora da formação do secretariado.
Com órgãos e diretorias sem indicações definidas e a exoneração de todos os comissionados do estado, o que não falta são espaços para serem preenchidos pelo novo governo. Raquel deve baixar a guarda e buscar construir uma boa relação entre o governo e a classe política.
Na pauta do legislativo, matérias consideradas importantes para o executivo devem ser votadas nos próximos dias, como é o caso da reforma administrativa e da indicação de Thallyta Figueiroa para a administração de Fernando de Noronha. A aprovação das matérias dependerá de uma articulação do governo com os deputados estaduais.