Coluna FocoPolítico desta sexta-feira
Com as eleições para presidência do senado federal se aproximando, começam as contagens de votos informais, que apontam um favoritismo para a recondução do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao mais alto cargo da câmara alta. Mas seu principal adversário, Rogerio Marinho (PL-RN), não desistiu da disputa e segue conquistando votos. Marinho aposta em traições ao governo Lula, já que esse movimento poderia lhe garantir uma vitória.
Governo não enxerga risco na eleição de Pacheco, no entanto, nenhum dos dois candidatos querem expor publicamente a contagem dos seus votos com medo das possíveis traições e se dedicam a uma campanha de bastidores.
Sem chances, a terceira via ficou com o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que já admite aos seus pares o favoritismo de Pacheco devido ao apoio do governo Lula, mas segue na disputa como um candidato independente. O Podemos não conseguiu coesão na legenda e liberar a bancada para votar em quem quiser.
Rogério Marinho conseguiu até agora o apoio do PP, PL e Republicanos. Ou seja, se não houver traições, terá uma largada com os votos de 23 senadores.
Do outro lado, Rodrigo Pacheco tem o apoio do PSD, PT, MDB, PDT, PSB, Cidadania e Rede. Um bloco que conta com 36 senadores, e por isso é tudo ainda como o grande favorito na disputa.
Para se eleger presidente do Senado, precisará conquistar a maioria, ou seja, 41 dos 81 senadores. Nos bastidores, aliados afirmam que ele já tem bem mais do que isso, contando os votos de outras legendas, como União Brasil, PSC, Podemos e até mesmo de Progressistas.
Como a votação é secreta, a grande questão na abertura dos trabalhos do Senado é saber quem sofrerá mais traições: o governo Lula e Rodrigo Pacheco, ou Marinho e seus entusiastas.