Coluna FocoPolítico desta terça-feira
O presidente Lula (PT) deverá sentar com líderes do “blocão” na câmara para alinhar o apoio do governo no congresso. A expectativa é que o próprio executivo busca acelerar o repasse de verbas aos deputados com o objetivo de reverter o clima de tensão instalado na câmara e no senado.
A negociação deve girar em torno da liberação das verbas na Câmara e da provável criação de uma CPI para investigar os ataques de 8 de janeiro. O governo busca ter a maioria de deputados e senadores na comissão, e segundo o próprio presidente da câmara, Arthur Lira (PP-AL), já teria afirmado que Lula só não teria a maioria se não quisesse.
Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir as emendas de relator sob argumento de que eram inconstitucionais, congresso e governo costuraram um acordo para transformar parte dos recursos em emendas individuais. O montante de R$ 9,8 bilhões iriam para ministérios atenderem pedidos de parlamentares.
O grande problema é que o planalto parece insistir em ser o “padrinho” das verbas junto aos deputados, para diminuir o poder de Arthur Lira e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Mas como o governo precisará intensificar os esforços para substituir o teto de gastos e aprovar o arcabouço fiscal, o risco de uma possível derrota preocupa o executivo.
Sob o comando do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) virou um dos principais instrumentos para escoar a verba recorde dessas emendas, e talvez por isso gera tanta divergência sobre quem deverá ficar com o controle da companhia.
OUSADO — O presidente estadual do PP, Eduardo da Fonte parece disposto a ampliar a legenda e deve lançar candidaturas em 80 cidades. Apesar dos rumores de insatisfação entre parlamentares, Dudu fez questão de reafirmar a unidade do partido em torno do projeto da governadora Raquel Lyra (PSDB).
VAGA DO TCE — Em falar no partido Progressistas, a bancada do PP decidiu fechar questão e vai apoiar a candidatura de Eduardo Porto para o TCE. Para a outra cadeira da corte, o deputado Kaio Maniçoba (PP) deverá ser o nome da legenda.
PAULISTA — O deputado estadual, pastor Júnior Tércio (PP) deverá concorrer a prefeitura de Paulista em 2024. Na última eleição, obteve mais de 10 mil votos no município, e sua esposa, a deputada Clarissa Tércio (PP) foi a mais votada da cidade.
ADIOU — Precavido, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) adiou o encontro com líderes do blocão de 173 deputados. Alckmin decidiu esperar Lula voltar ao Brasil para ir a mesa com Arthur Lira e outros líderes.