Coluna FocoPolítico desta terça-feira
Com os holofotes voltados para as eleições do próximo ano, partidos aliados parecem travar uma queda de braço pela vaga de vice-prefeito na chapa encabeçada pelo atual prefeito João Campos, do PSB, que se prepara para buscar a reeleição no Recife, mas enfrenta uma imposição do PT para garantir a continuidade da aliança com a sigla na chamada ‘Frente Popular do Recife’.
Uma condição imposta por interlocutores do partido do presidente Lula em Pernambuco, que a todo instante ameaça lançar uma candidatura própria parece contar com o aval do influente senador Humberto Costa (PT) e pode redefinir o tabuleiro político no estado.
A entrega da vaga de vice-prefeito ao Partido dos Trabalhadores, uma jogada que, embora possa garantir a estabilidade da aliança entre PT e PSB na capital pernambucana, também levanta questões sobre o futuro político de Campos. Uma possível renúncia do atual prefeito em 2026 para disputar o governo de Pernambuco é uma possibilidade real, no entanto, essa manobra poderia se tornar uma pedra no sapato do senador Humberto Costa, que também almeja disputar o mesmo posto.
Já a indicação de uma pessoa de extrema confiança do senador e da legenda para a vaga de vice-prefeito serviria como uma espécie de garantia, e caso o socialista decida descumprir a promessa de não ser candidato em 2026 e renunciar o cargo para disputar o governo, estaria entregando o controle do Recife por completo até 2028.
Para os petistas, essa condição é vista como inegociável, e a única condição para o PT não lançar uma candidatura própria na capital. Enquanto isso, os socialista mantém a esperança na aliança, e o PSB está disposto a abrir mão de disputar eleições em outras capitais em troca do apoio do PT, permitindo a João Campos escolher um vice de sua confiança.
ALIANÇA — Com a decisão de integrar a base do PSB na capital, o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, vai levar todo o grupo do ex-senador Fernando Bezerra Coelho e poderá se tornar um forte aliado de João Campos no Recife.
DESAGRADOU — O deputado federal Lucas Ramos (PSB) não anda nada contente com a aliança do prefeito João Campos com o grupo dos ‘Coelho’, considerado seu principal adversário em Petrolina.
OLINDA — Apesar do resultado da última pesquisa realizada em Olinda, o jogo segue completamente aberto e somente a candidata do prefeito, Mirella Almeida, e o vice-prefeito Márcio Botelho (PP) colocam seus nomes na disputa.
FORA DE COGITAÇÃO — O ministro Silvio Costa Filho descartou a possibilidade de aliança com a governadora Raquel Lyra e reafirmou o apoio ao prefeito João Campos. O ministro tenta se viabilizar para o senado em 2026.
O PESO DA CANETA — Apesar do interesse em disputar a prefeitura de Olinda, dificilmente a ministra Luciana Santos (PCdoB) vai trocar a Esplanada para se aventurar em 2024. Isso só acontecerá caso não consiga se manter no Ministério.
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