A chegada do ex-presidente Lula a Pernambuco neste domingo (15), traz uma grande expectativa para a esquerda em relação as articulações que serão feitas no Recife durante o encontro com as principais lideranças políticas do PSB. O encontro deve abrir o diálogo e servir para pacificar e encerrar de vez as divergências entre PT e PSB, que deixou marcas e mágoas para ambos, após a disputa entre João Campos e Marília Arraes nas eleições de 2020.
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, é o principal interlocutor de Lula com o PSB, e será também o anfitrião do encontro de hoje. É aguardada também a presença do prefeito do Recife, João Campos e do ex-prefeito e atual secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio, que é o provável candidato do PSB ao governo de Pernambucano em 2022. Quem deve acompanhar o petista durante todo o encontro é o senador Humberto Costa, que integra ao grupo de Lula.
Fora da ala socialistas, outras lideranças políticas do estado são esperadas no encontro com o ex-presidente, os nomes dos deputados Eduardo da Fonte, Silvio Costa Filho e André de Paula estão sendo cogitados como possíveis pré-candidatos ao senado na frente popular, e devem marcar presença durante a passagem do petista no estado.
Em reserva, alguns parlamentares comentam que ambas as partes possuem interesse e disposição para chegar a um consenso político. O PSB através de João Campos e Geraldo Júlio, vem utilizando uma estratégia de apoio a uma terceira via nas eleições presidências de 2022 para não afastar os diretórios do PSB que não pretendem embarcar na candidatura de Lula no primeiro turno, a exemplo dos grupos de São Paulo e do Rio Grande do Sul.
Em São Paulo, é provável que Márcio França seja o indicado para vice na provável candidatura de Geraldo Alckmin ao governo do estado, enquanto no Rio Grande do Sul, a um interesse em lançar o ex-deputado Beto Albuquerque ao Executivo.
Um dos fatos mais importantes desse encontro para que ambos os partidos possam trilhar o mesmo caminho, é sem dúvidas o isolamento de Marília Arraes no PT, o que favorece um entendimento entre as legendas no estado, e consequentemente reflete nas decisões a nível nacional. Muitos petistas não engoliram até hoje a costura independente que Marília fez com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para participar da composição da Mesa Diretora.
