Delegada Gleide Ângelo é homenageada em Goiana

A Delegada Gleide Ângelo esteve nesta terça-feira (12) no distrito goianiense de Tejucupapo, onde participou das comemorações dos 28 anos do Teatro das Heroínas de Tejucupapo – tradição que reúne as mulheres da região — entre pescadoras, marisqueiras, professoras, aposentadas e donas de casa — para reencenar a batalha  histórica em um grande teatro ao ar livre. Apesar de o espetáculo não ter acontecido nos últimos anos, devido à pandemia da Covid-19, a organização do evento aguardou pela flexibilização social para celebrar o marco da data. 

A deputada recebeu uma Medalha de Honra ao Mérito pela contribuição e reconhecimento do valor histórico e cultural da comunidade. É de autoria de Gleide a lei n 17.151/21, que torna as mulheres de Tejucupapo Patronas da Defesa dos Direitos da Mulher Pernambucana. “A cultura machista faz com que, historicamente, as mulheres sejam silenciadas. A história de resistência das heroínas do passado dialoga com as batalhas enfrentadas por tantas mulheres dos dias atuais”, pontua. 

O evento também marcou a reabertura da Associação das Mulheres de Tejucupapo, um espaço voltado para a promoção dos direitos femininos, assim como para a preservação da memória e da tradição da história daquela batalha. No local, foram colocadas esculturas que remontam às pessoas de Maria Quitéria, Maria Camarão, Maria Clara e Maria Joaquina, que, há quatro séculos, lideraram a vitória do povoado contra o exército de invasores holandeses. “É muito emblemático que essas obras estejam aqui, nesse espaço que vai promover o empoderamento, a independência e a autonomia de tantas outras mulheres. As personagens históricas seguem liderando a comunidade”, comenta a parlamentar.

HISTÓRIA — A Batalha de Tejucupapo aconteceu no século 17 e é o primeiro relato da participação feminina em um conflito armado no Brasil. As Marias Quitéria, Camarão, Clara e Joaquina, lideraram a vitória do povoado de Tejucupapo contra um exército de 600 soldados holandeses. Os estrangeiros tentavam saquear a então vila de São Lourenço de Tejucupapo em busca de comida e escolheram o momento em que haveria poucos homens no local para o ataque, mas encontraram as mulheres do povoado organizadas, armadas e preparadas para a luta. 

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