A Delegada Gleide Ângelo esteve em Vitória da Santo Antão nesta terça-feira (19), onde se encontrou com o prefeito Paulo Roberto e equipe e foi apresentada ao plano para a criação de um Complexo de Proteção à Mulher na cidade. O espaço vai aglutinar serviços de acolhimento psicológico e orientação sócio-jurídica às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Consciente da relevância do projeto na perspectiva do enfrentamento à violência de gênero, a deputada anunciou o envio de uma emenda parlamentar no valor de R$461.000,00 para recuperação e reforma do prédio que vai abrigar o equipamento.
O edifício escolhido é o da antiga delegacia da cidade, que hoje está em desuso e sob gerenciamento do município. A proposta prevê a transferência da Delegacia da Mulher de Vitória para o espaço, que também vai oferecer atendimentos com equipes multidisciplinares formadas por psicólogas, assistentes sociais, advogadas e educadoras sociais. O Complexo ainda vai disponibilizar um espaço lúdico com atividades direcionadas aos filhos e filhas das mulheres que estarão em assistência. “Conheço o prédio da antiga delegacia, porque já tirei vários plantões como delegada de polícia lá. Conheço a infraestrutura do espaço e sei que ele vai atender, com bastante eficiência, as mulheres de Vitória. Elas terão, de maneira acessível e concentrados num só lugar, todo o leque de serviços públicos que a rede pode ofertar. É uma maravilha!”, enfatiza a deputada.
Também participaram da reunião a Secretária Estadual da Mulher, Ana Elisa Sobreira, a Secretária da Mulher do município, Rosa Santana, além dos representantes de pastas municipais estratégicas como Infraestrutura e Controle Urbano, Defesa Social e Assistência Social e Juventude e Cidadania. Representantes do programa das Nações Unidas ONU Habitat, que trabalha com a identificação e requalificação dos espaços públicos como ferramentas para o enfrentamento à violência, também estiveram presentes. Em Vitória de Santo Antão, o trabalho do grupo vai se materializar através do mapeamento dos espaços urbanos como facilitadores na incidência da violência contra as mulheres — nos últimos dois anos, mais de cinco mil registros de estupro foram registrados na cidade. “O trabalho deles é mais um elo para a eficiência dos serviços da rede de amparo e proteção às mulheres vitorienses”, comenta a Delegada.