Ciente da importância da mobilidade urbana, o prefeito João Campos visitou, na manhã desta segunda-feira (7), as obras do novo projeto da Ponte Engenheiro Jaime Gusmão. A estrutura integra o projeto do sistema viário da região, que interliga os bairros da Iputinga e do Monteiro, sobre o rio Capibaribe. O projeto, orçado em R$ 38 milhões, representa uma economia para os cofres públicos de 20% em cima do valor atualizado do projeto anterior, de R$ 48 milhões. A população diretamente beneficiada será de 58 mil pessoas.
“Estou aqui para vistoriar a obra da Ponte Engenheiro Jaime Gusmão, que vai interligar os bairros Iputinga e Monteiro, beneficiando diretamente 58 mil pessoas. Há várias estacas e os trabalhadores estão preparando a área para receber a base. Há também uma tubulação para baixar o lençol freático. Esse novo projeto da ponte está orçado em R$ 38 milhões, o que representa uma economia de 20% em relação ao valor do projeto anterior”, explicou o gestor municipal na ocasião.
A intervenção está em andamento desde setembro de 2021. Já foram concluídas as demolições das antigas estruturas, tanto do lado do Monteiro quanto da Iputinga. No momento, está sendo realizada a cravação de estacas de reforço e construção dos blocos de concreto das estacas complementares.
A intervenção prevê um elevado de 170 metros de extensão, 20,65 m de largura e 12,18 m de altura, com calçadas de 1,5 m e ciclofaixa de 1,5 m de largura em cada lado. São quatro faixas de rolamento, duas em cada sentido. A abertura de espaço exclusivo para bicicletas é uma novidade do atual projeto, que não estava previsto no anterior. A nova estrutura será bem mais adequada ao local e dispensará a construção de escoramento dentro do leito do rio, pois será executada por meio do método de balanços sucessivos, trazendo um ganho ambiental para a comunidade.
Toda a estrutura possível de ser reaproveitada dentro dos critérios técnicos está sendo reutilizada, aumentando a economicidade do novo projeto. Também não é mais necessária a demolição da Escola Estadual Silva Jardim, que atende as famílias da região, como previa o projeto anterior. Além disso, a Praça do Monteiro será preservada. O prazo de conclusão da obra é de 24 meses.
NOVO CAMINHO – A obra é um importante investimento para a mobilidade da área e suprirá uma necessidade de interligação entre as duas margens, já que não existe qualquer ponte para veículos num trecho de quase 5 km do rio. Atualmente, as pontes mais próximas ao longo do rio Capibaribe nesta região são a ponte da BR-101 e a ponte-viaduto Governador Cordeiro de Farias, que liga os bairros da Torre e Parnamirim.
Por exemplo, a nova ponte reduzirá a distância entre o Parque de Exposições do Cordeiro e a Praça de Casa Forte dos atuais 6,7 km (via Torre-Parnamirim) e 8 km (via BR-101) para apenas 4,39 km. Motoristas indo do Parque do Caiara para o Parque Santana hoje precisam percorrer 5,1 km (via Torre-Parnamirim) ou 7,7 km (pela BR-101), distância que cairá para 3,82 km com a nova ponte.
Para compor a integração dos dois bairros, a Prefeitura do Recife realizará também, posteriormente, a adequação do sistema viário para composição da semiperimetral, ligando a Avenida Maurício de Nassau (Paralela da Caxangá) e a Avenida 17 de agosto. Esta obra incluirá a requalificação de 15 vias do entorno nas duas margens, totalizando 4,5 km. O projeto executivo do sistema viário está em processo de desenvolvimento e deve ser concluído até outubro.
GERAÇÃO DE EMPREGO – A obra gera cerca de 150 empregos diretos e está inserida no programa Recife Virado, lançado pelo prefeito João Campos, que reúne uma série de ações, projetos e iniciativas como parte de uma frente de oportunidades voltadas para a geração de emprego e renda e de incentivos fiscais, buscando a aceleração da economia local e a geração do emprego.
HABITACIONAL – A Prefeitura do Recife também anunciou, em outubro de 2021, a construção de um conjunto habitacional, com 75 apartamentos, para as famílias residentes na Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) Vila Esperança/Cabocó, no bairro do Monteiro, que serão afetadas pela construção da Ponte Jaime Gusmão. Além disso, a comunidade ganhará também uma creche, formando um complexo que receberá o nome de Vila Esperança. Os equipamentos serão construídos num terreno próximo ao limite da ZEIS e o habitacional será dividido em dois blocos, com térreo mais quatro andares, um com 40 unidades e o outro com 35.
Foto: Rodolfo Loepert