Estrategistas de Lula querem guinada na campanha e Alckmin focado em voto da ‘direita moderada’

Geraldo Alckmin (PSB), que foi escolhido vice na chapa com Lula (PT) como parte de uma estratégia para que o petista consiga buscar votos ao centro, até agora não atendeu às expectativas dos articuladores da chapa Lula-Alckmin. A cobrança, nos bastidores, é para que Alckmin reforce em discursos e entrevistas acenos contundentes a diferentes grupos, buscando atrair o eleitor do que a campanha chama de “direita moderada”.

É essa guinada que os interlocutores tanto de Lula quanto de Alckmin querem que a campanha faça a partir de sábado (7), quando a chapa dos dois será oficializada em um evento em São Paulo.

Ao blog, um dos principais auxiliares de ambos admite que Alckmin “foi escalado para jogar numa posição e está jogando em outra”, o que, na visão desse aliado do petista, não soma votos à campanha. “O voto de esquerda a gente já tem, o Alckmin não precisa ecoar Lula chamando as pessoas de companheiros, concordando com tudo. Ele precisa atrair o voto da direita moderada, precisa voltar a falar para a bolha dele”, resume esse coordenador da campanha Lula-Alckmin.

Uma das ideias sendo costuradas é de que, no sábado, Alckmin aproveite seu discurso para marcar diferenças entre ele e Lula – mas afirmando que essas diferenças são menores perto do objetivo de ambos que é enfrentar o “autoritarismo e combater o bolsonarismo”.

Após o lançamento da campanha, a expectativa da campanha é de que os dois se dividam em busca de votos: cada um com uma agenda. No caso de Alckmin, um roteiro voltado para religiosos, agronegócio e também eleitores do Sudeste – especialmente São Paulo – onde o PSDB governou por mais de 15 anos, derrotando o PT.

Além de agendas separadas, Alckmin também terá a sua própria equipe de comunicação. Segundo o blog apurou, o coordenador da comunicação do ex-governador será Marcio Aith, que trabalhou com Alckmin no governo de São Paulo e também foi chefe da comunicação do Supremo Tribunal Federal na gestão do ministro Dias Toffoli na presidência da corte.

G1

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