Raquel acerta o tom da campanha e consegue unir lideranças da esquerda e da direita
Enquanto sua adversária Marília Arraes (Solidariedade) decidiu nacionalizar a disputa pelo Governo de Pernambuco e aposta todas as fichas no eleitorado de Lula e da esquerda, Raquel Lyra (PSDB) tomou a decisão de ficar neutra no pleito nacional e não deve declarar seu voto para presidente.
A verdade é que a estratégia de Raquel é continuar somando ao invés de subtrair o eleitorado, e segue ampliando seu grupo com apoios de lideranças da esquerda, centro e direita de todo o estado. No segundo turno, Raquel acabou se tornando a favorita do pleito, herdando o eleitorado do PL, do União Brasil e ainda conseguiu causar um racha dentro do PT e do PSB, que segue dividido entre as duas candidatas.
O Partido Progressistas, comandado pelo deputado federal Eduardo da Fonte anunciou o apoio à candidatura de Raquel Lyra, e integrou uma ampla frente de Deputados Federais, Deputados Estaduais, Prefeitos e Vereadores em seu palanque. Mas como favoritismo não ganha jogo, ainda é muito cedo para apontar quem será eleita a nova Governadora de Pernambuco.
Raquel não pode subestimar a sua adversária Marília Arraes, que tem o apoio do ex-presidente Lula (PT) e uma militância de esquerda que na última sexta-feira lotou as ruas do centro do Recife. Devido a sua magnitude, o evento chegou a ser comparado por alguns apoiadores com o Galo da Madrugada devido a quantidade de pessoas.