Tarcísio sai às pressas de Paraisópolis após tiros em agenda de campanha

Uma agenda do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi interrompida por um tiroteio na manhã de hoje na comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Ele não se feriu. Uma pessoa foi baleada, mas não há mais informações sobre a identidade dela.

A reportagem do UOL Notícias estava no local e ouviu ao menos 25 disparos, mas ainda não há informações sobre a origem dos tiros nem contra quem foram disparados.

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Os presentes foram orientados a deitar no chão e a se afastar das janelas. O candidato participava da inauguração do primeiro polo universitário da comunidade e estava no terceiro andar do prédio quando o tiroteio começou do lado de fora. Ele deixou o local em uma van blindada, escoltado por seguranças, depois que os tiros cessaram.

“Fomos atacados”. Nas redes sociais, Tarcísio disse ter sido atacado. A polícia, no entanto, ainda não confirma as informações de que ele foi alvo de um atentado.

Onde o episódio ocorreu. Tarcísio chegou ao local por volta das 10h30 e conversava com integrantes do projeto, que fica na rua Manoel Antônio Pinto, quando os tiros começaram, cerca de 50 minutos depois. Parte dos jornalistas presentes o aguardavam no segundo andar, onde ele daria uma entrevista coletiva.

As informações iniciais eram de que os criminosos atiraram contra o prédio onde Tarcísio estava. Procurada, a PM (Polícia Militar) confirmou ter sido acionada às 11h24 para atender a ocorrência. Contudo, informou que o posicionamento oficial será dado pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) — o titular da pasta, general João Camilo Pires de Campos, dará uma entrevista coletiva nesta tarde para dar detalhes do caso.

Policial federal com Tarcísio desceu armado de prédio. O policial federal Danilo Campetti, que concorreu a uma vaga na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) e acompanhava Tarcísio, desceu do prédio com a arma em punho assim que começaram os disparos e foi um dos que escoltou Tarcísio até a van para ele deixar o local.

Após o fim do tiroteio, policiais militares na ocorrência orientaram as pessoas a saírem do prédio. Alguns jornalistas deixaram Paraisópolis na van da campanha de Tarcísio.

Governador manda investigar. Rodrigo Garcia (PSDB), governador de São Paulo, usou o seu perfil no Twitter para se posicionar sobre o caso. Ele disse ter determinado “imediata investigação” do caso e disse ter conversado com o próprio Tarcísio. “Ele e sua equipe estão bem”, escreveu.

Bolsonaro diz que tudo é preliminar. O presidente e postulante à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), fez um breve comentário acerca do episódio de violência.

Bolsonaro disse que os fatos eram ainda “preliminares” e afirmou que não gostaria de se “antecipar” ao emitir juízo de valor. “Seria prematuro eu falar sobre isso”, emendou ele, durante declaração à imprensa no Palácio da Alvorada, a residência oficial da chefia do Executivo federal, em Brasília.

Haddad prega paz. Adversário de Tarcísio nas eleições estaduais, Fernando Haddad (PT) manifestou surpresa com o episódio e afirmou que soube somente pelos jornalistas no local.

Apesar de pregar respeito, ele alfinetou o rival por não ter comparecido ao último debate entre os dois, promovido pelo SBT. Na ocasião, Haddad foi sabatinado por mais de uma hora. “Estou fazendo uma campanha de paz e muito respeitosa. Fui ao debate da Band e todas as pesquisas mostraram uma vitória expressiva da minha campanha sobre a dele. Eu nunca faltei com educação e respeito com ninguém. Nunca faltei com respeito ao meu adversário”, afirmou.

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