Para Dino, governo não fechará clubes de tiros, mas combaterá CACs fraudulentos

O senador eleito Flávio Dino (PSB), cotado para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), declarou que a gestão não fechará clubes de tiro, porém irá combater os registros de CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) fraudados.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) editou decretos armamentistas nos últimos anos. Durante o mandato, o candidato à reeleição derrotado nas urnas editou 17 decretos, 19 portarias, duas resoluções, três instruções normativas e dois projetos de lei que flexibilizam as regras de acesso a armas e munições. Os CACs têm sido os principais beneficiados com uma série de normas.

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Para o político, que é coordenador do grupo técnico de Justiça e Segurança Pública da equipe de transição de Lula, o Estatuto do Desarmamento foi “mutilado por decretos e portarias usando uma avenida de fraudes chamada CACs e é isso que nós vamos mexer”. Os clubes de tiro são comumente associados à militância bolsonarista.

“Forças de segurança [portarem armas], ok. Pessoa em locais ermos, pessoas que objetivamente têm alguma dificuldade de o Estado prover segurança. Agora, CACs que estão se prestando à multiplicação de milícias privadas, desvio de armas de fogo, inclusive, para quadrilhas, fraudes nos sistemas informatizados de controle, como nós vimos em vários estados. É nisso que nós vamos mexer”, começou o político.

Agora fechar os clubes [de tiro], não. Os clubes podem existir, mas uma pessoa pode fraudar um chamado porte de trânsito [de arma] e dizer que está indo para o clube e, na verdade, tá indo para o bar armado e com munição? Não. Isso não está na lei. Isso é uma fraude. É ilegal.none Senador eleito Flávio Dino (PSB)

Sobre ser chamado para ser ministro, Dino ressaltou que é preciso “esperar um pouco” para que o petista assuma ao cargo e decida os nomes da sua equipe.

UOL

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