A Câmara do Recife aprovou nesta segunda-feira (5), em primeira discussão, o projeto de lei do Executivo nº 48/2022, que cria o quadro próprio de cargos efetivos da Emlurb e da URB Recife no Recife. Ao todo, a Prefeitura prevê a criação de 340 novos servidores , por meio de concurso público. Para o líder da oposição, o vereador e deputado estadual eleito Renato Antunes (PL), a proposta é prejudicial para as contas do município ao também indicar a criação de mais 114 cargos comissionados, que poderão ser indicados livremente pela própria Administração.
“Reconheço a importância destas duas autarquias para a sociedade recifense, mas questiono a efetividade e necessidade de criação de novos cargos comissionados na prefeitura. Essa decisão da gestão é exclusivamente por questão técnica? Estamos vivenciando uma das maiores crises econômicas da história e não podemos aumentar os gastos, pelo contrário, a hora é de redução e economia”, comentou Renato Antunes.
Para Renato Antunes, a proporção entre os 340 efetivos e os 114 cargos comissionados – que, em geral, são direcionados a posições de chefia – é desequilibrada. O parlamentar ainda questionou o impacto dos novos cargos aos cofres públicos.
“Em 2024, a projeção é de R$ 27 milhões para os efetivos de carreira e R$ 11 milhões para os comissionados. Ou seja, um quarto do orçamento para inchar a máquina com mais cargos comissionados. Espero que essa pressa em aumentar os custos com cargos comissionados não seja para compensar os apoios políticos do PSB”, disparou Renato.
A forma como a proposta tramitou na Câmara também foi criticada pelo parlamentar na tribuna, já que o projeto de lei do Executivo chegou à Casa em regime de urgência
“Este é o modus operandi do PSB. Simplesmente, a gente aprovar um plano de cargos e carreiras sem a devida discussão. Perde a cidade, perde o povo e os servidores do município”, finalizou.