Expectativas crescem com o novo presidente americano e as possíveis repercussões para o governo Lula.
A posse de Donald Trump como novo presidente dos Estados Unidos reacende o debate político no Brasil e coloca em evidência as relações bilaterais entre os dois países. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um entusiasta declarado de Trump, já vislumbra um cenário de fortalecimento para a direita brasileira, enquanto o presidente Lula (PT) enfrenta o desafio estratégico de como lidar com um governo americano que não simpatiza com sua gestão de esquerda.
Trump assumiu o cargo com promessas ambiciosas e um discurso combativo, reafirmando compromissos como priorizar a indústria americana, revisar políticas ambientais e “acabar com a censura governamental”. Seu bordão provocativo, “Drill, baby, drill”, usado pelos republicanos desde 2008 para incentivar a ampliação da perfuração de petróleo e gás como fontes de energia, deixou claro o foco em explorar os recursos energéticos do país, marcando um afastamento das pautas climáticas que dominaram o governo anterior. A cerimônia de posse contou com a presença de gigantes do mercado, como Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg, além de apresentar o novo Departamento de Eficiência, apelidado de DOGE, liderado pelo próprio Musk.
O Brasil foi representado pela embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti, já que Lula não compareceu ao evento. Entre as declarações mais ousadas de Trump, destacou-se a promessa de resolver o conflito na Ucrânia em 24 horas, apostando no diálogo direto com Vladimir Putin. Essa postura pode redefinir o cenário global, especialmente em um momento em que a guerra impacta os preços de commodities e alimenta a inflação mundial, inclusive no Brasil.
O novo presidente americano também destacou que seu sucesso será medido pelas guerras que evitar ou encerrar, posicionando-se como um pacificador em meio ao caos geopolítico. Contudo, entregar tudo o que prometeu exigirá articulação política e resultados rápidos, especialmente diante de um cenário interno polarizado.
Para o Brasil, o desafio de Lula será evitar uma rota de colisão com os Estados Unidos, preservando interesses comerciais e diplomáticos em um contexto internacional cada vez mais complexo. Resta saber se Trump conseguirá cumprir suas promessas e como isso moldará as relações entre os EUA e o Brasil.
TIKTOK DE VOLTA
— Trump, que inicialmente liderou os esforços para banir o TikTok, mudou sua posição e suspendeu a lei que poderia proibir a plataforma nos EUA, propondo que o país detenha metade da rede social chinesa.
ALINHADOS
— Os deputados pernambucanos Abimael Santos e Coronel Meira, do PL, assistiram à posse de Donald Trump ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro na sede do partido, em Brasília.
FORTALECIMENTO
— A deputada Roberta Arraes e o prefeito Evilásio Mateus entregaram sementes para agricultores de Araripina em parceria com o IPA-PE, impulsionando a economia local e garantindo o plantio no tempo ideal.
PERNAMBUCO
— A governadora Raquel Lyra decretou emergência em 118 cidades devido à seca e prometeu agilizar o socorro aos municípios, implementando ações integradas para enfrentar a estiagem.
APAGANDO O FOGO
— A senadora Teresa Leitão (PT) descartou a possibilidade de Raquel ser a candidata do PT e afirmou que a escolha caberá a Lula, ressaltando que o candidato atual é o prefeito do Recife, João Campos (PSB).