Coluna FocoPolítico desta quinta-feira

O futuro do Governador Paulo Câmara e seu papel nas eleições do próximo ano

Chegando ao seu último ano de mandato como Governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) tem até abril para decidir se deixa o governo para encarar uma disputa pelo Senado, ou se termina de cumprir o mandato de governador até o final.

O atual governador do estado ganhou fôlego em 2021 e vive o seu melhor momento durante os últimos anos. O protagonismo nacional junto com as tomadas de decisões foram importantes e cruciais para colocá-lo na ponta da mesa, e o sucesso do Plano Retomada contribuiu para melhorar a avaliação do governador. O caixa bilionário do Governo pode gerar grandes investimentos em 2022 e transformar o estado em um verdadeiro canteiro de obras, alavancando a economia com geração de emprego e renda nos municípios.

Em rodas de conversas, comenta-se a hipótese do Governador renunciar para tentar uma cadeira na Câmara Federal, o que não seria viável, já que o PSB em Pernambuco deve direcionar os esforços na campanha de Pedro Campos para deputado federal.

A decisão se Paulo renuncia ou não, dependerá da federalização do PSB com o PCdoB, partido da vice-governadora Luciana Santos, que pode garantir uma maior segurança dos socialistas para indicar o sucessor ao Palácio do Campo das Princesas, pois quem deve ficar com o poder das decisões após federalizar é a sigla que detém da maior bancada.

Sem federalização com o PCdoB, Paulo Câmara não deve arriscar renunciar o mandato para deixar Luciana sentada na cadeira com a possibilidade de tentar voo solo, uma vez que ela é a atual Presidente Nacional do PCdoB, e com a caneta na mão poderia entrar na disputa pelo comando do estado. O mais provável é que Paulo Câmara não seja candidato, e quem deve renunciar é a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB), que deverá disputar uma vaga na Câmara Federal no próximo ano.

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