Com metade da população contra, Lula terá o desafio de governar um país dividido
Após ser eleito no segundo turno com uma diferença de apenas 1% dos votos válidos, Lula (PT) deverá assumir uma nação completamente dividida, e em meio a uma polarização entre a direita e à esquerda, não será fácil governar o país com metade da população contra o seu governo.
Toda oposição é saudável e faz parte de uma democracia, mas essa polarização extrema não deve ajudar o Brasil em nada, já que tudo que o presidente eleito fizer deverá ser questionado por metade dos brasileiros que são contra a ideologia do futuro governo.
A radicalização contra a Suprema Corte, os constantes ataques contra o sistema eleitoral e o posicionamento do atual chefe do executivo durante a pandemia podem ter afastado um possível eleitor que estava indeciso até o último domingo.
A derrota do atual presidente da república Jair Bolsonaro (PL) surpreendeu até a história, já que se tornou o primeiro presidente a não conseguir a reeleição no Brasil. Desde 1997, quando foi aprovado a constitucional que passou a permitir a reeleição, todos os seus antecessores conseguiram se reeleger para um segundo mandato, com exceção do ex-presidente Michel Temer (MDB) que não chegou a se candidatar. Em 1998, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) conseguiu se reeleger, assim como Lula em 2006 e Dilma Rousseff (PT) em 2014 também foram reeleitos.
O petista também entrou para a história e se tornou o primeiro Presidente da República a ser eleito três vez através do voto direto. Em seu primeiro discurso, Lula disse que vai governar para todos e não apenas para aqueles que votaram nele, e fez duras críticas ao atual governo.