Coluna FocoPolítico desta quinta-feira
Enquanto na maioria dos casos o governo precisa optar entre dialogar e negociar com os políticos de forma individual ou em lotes diretamente com os partidos, o novo governo decidiu simplesmente não dialogar nem negociar com a classe política.
Na teoria parece a coisa certa a ser feita, mas na prática funcionam bem diferente. Com os deputados insatisfeitos com a exclusão do processo, a fatura pode sair muito cara para executivo que uma hora ou outra irá precisar do legislativo para aprovar projetos que não possuem apoio popular ou que não passariam sem um empurrãozinho desses mesmo parlamentares.
A verdade é que a política é feita de gesto, e o aceno negativo da governadora Raquel Lyra (PSDB) contra a ala política que esperava diálogo e espaços no governo deve implodir à candidatura do deputado estadual Álvaro Porto (PSDB) a presidência da Assembleia Legislativa, que tentava se consolidar como o candidato da governadora.
A Alepe sempre teve um histórico de independência e deve dar uma resposta aos movimentos feitos pelo governo já no dia 1º de fevereiro, quando acontece a eleição da mesa diretora. Com Porto praticamente fora do jogo, o deputado estadual Antônio Moraes (PP) deve despontar como favorito na disputa pela e o Progressistas acabar emplacando o presidente da casa.
Com a mudança no tabuleiro político e uma bancada com 13 estaduais, o PSB também deve iniciar uma força tarefa entre os seus quadros e se debruçar nas articulações para se consolidar na disputa como uma terceira via.