Para manter o sonho da reeleição de João Campos, PSB abre mão de ministério e mira Codevasf

Coluna FocoPolítico desta segunda-feira

A decisão do PSB estadual que parece abrir mão do protagonismo nacional e do comando de ministérios no futuro governo Lula para emplacar nomes socialistas em órgãos e diretorias federais em Pernambuco. Apesar da sigla de ter indicado três ministros, o diretório estadual que possui forte influência na nacional abriu mão das indicações no primeiro escalão e contemplou aliados de outros estados. A prioridade da sigla é buscar espaços com atuação regional e conseguir abrigar aliados e quadros importantes que estão deixando o governo Paulo Câmara e evitar um desmonte no partido.

O caminho natural desses aliados seria a Prefeitura do Recife, uma vez que continua sob o comando dos socialistas, mas o risco de inchar a máquina municipal com o próprio grupo e comprometer a reeleição do prefeito João Campos (PSB) fez com que a sigla estadual adotasse outra estratégia.

Pensando nas eleições de 2024, Campos sabe que não terá um caminho fácil para sua reeleição, já que conhece bem a força da máquina estadual e terá que enfrentar o candidato da governadora eleita Raquel Lyra (PSDB). Para garantir uma frente ampla e manter partidos na base do governo, o prefeito deve fazer uma reforma administrativa e contemplar siglas na gestão municipal que estão insatisfeitas ou irão ter seus espaços reduzidos com o fim do governo do PSB.

No meio político, o diretório do PSB parece mirar órgão importantes no segundo escalão do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) é a prioridade da ala pernambucana, uma vez que possui atuação regional, cargos e grande capacidade de entregar obras.

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