Coluna FocoPolítico desta segunda-feira
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) anunciou um secretariado técnico e com a maioria dos nomes desconhecidos no meio político. Ao desprezar aliados na montagem do novo governo, Raquel também despreza lideranças regionais que o apoiaram durante a campanha. Antes de assumir o mandato, a governadora sempre frisou que faria uma gestão de união e que a hora era de unir forças e não dividir. Talvez por esse motivo existia uma grande expectativa de que partidos e políticos fossem contemplados, o que acabou não acontecendo.
Sem indicações políticas, somente o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) acabou integrando a Secretaria de Turismo, mas parece ter entrado na cota pessoal da própria governadora. Ao decidir governar sozinha, Raquel coloca em cheque a relação com deputados e lideranças políticas do estado e corre o risco de isolar o governo em um futuro próximo.
Nos corredores da Assembleia Legislativa, deixar de fora políticos e partidos que o apoiaram pode trazer mais prejuízos do que benefícios para o governo a curto prazo. Raquel vai precisar da ala política para governar, aprovar e barrar projetos na Alepe. Alguns parlamentares acreditam que a resposta ao seu isolamento pode chegar mais rápido do que se imagina.
Apesar de não contemplar o meio político em seu governo, a pose da primeira governadora mulher de Pernambuco foi bastante prestigiada e contou com a presença massiva de políticos, dirigentes de partidos e lideranças regionais do estado.