Coluna FocoPolítico desta quarta-feira
O prefeito do Recife, João Campos e o seu partido PSB parecem ter sido os maiores beneficiados da decisão inesperada da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) que deixou políticos e partidos de fora do primeiro escalão do governo.
O movimento errado da governadora pode acabar afastando grande parte da ala política do novo governo estadual. Segundo alguns aliados próximos ao líder socialista, o gestor municipal tem comemorado nos bastidores as “trapalhadas” do novo governo e deve aproveitar a insatisfação desses grupos para iniciar nos próximos dias uma rodada de conversas com partidos e políticos. A articulação do PSB com lideranças de outros partidos deve visar o cenário político de 2024 na capital e girar em torno da reeleição do prefeito João Campos.
Enquanto a vice-governadora Priscila Krause e o secretário de Turismo, Daniel Coelho, ambos do Cidadania parecem sonhar em disputar a Prefeitura do Recife com o apoio irrestrito da governadora, Raquel parece não está preocupada com a eleição municipal do próximo ano e pode ter jogado partidos importantes no colo de João, que prepara uma investida nos partidos que foram desprezados e pode garantir uma frente ampla de apoio a sua reeleição em 2024.
Ao contrário do que fez a governadora Raquel Lyra no início do seu governo, o líder socialista e prefeito do Recife, João Campos deve valorizar a ala política e realizar uma reforma no secretariado municipal para contemplar partidos que ficaram de fora do governo.
Para não inchar a máquina municipal, o prefeito deve indicar os aliados do próprio PSB para integrar aos órgãos do governo federal no estado e abrir espaço em pastas importantes para acomodar partidos e aliados políticos. O movimento pode garantir a João o maior tempo de televisão na disputa e manter uma frente popular ampla no próximo ano.
