União em defesa da democracia deve isolar politicamente o ex-presidente Bolsonaro

Coluna FocoPolítico desta terça-feira

Após a invasão da sede dos três poderes em Brasília que foi considerada por muito políticos e juristas como um “ato de terrorismo” dos bolsonaristas, o presidente Lula (PT) agiu rápido para buscar a pacificação entre os poderes e garantiu a união do executivo, judiciário, legislativo e dos governadores para evitar que os atos se espalhem pelo país.

Enquanto o ex-chefe do executivo tinha entre os seus maiores desafetos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o governo Lula vai no sentido contrário para garantir a suprema Corte como uma aliada do governo.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) parece ter deixado um legado de extremismo no país, com uma lacuna de divisão política radical entre à direita e à esquerda. Durante o quatro anos de mandato, chegou a incentivar manifestantes que usavam palavras de ordem para fechar o STF e o Congresso Nacional e participou de eventos antidemocráticos que pediam a intervenção militar. Apesar de ainda possuir forte poder de mobilização dos seus apoiadores, o ex-presidente está politicamente isolado.

Aliados políticos agora encontram dificuldades defender os tais atos antidemocráticos e os últimos acontecimentos deverão trazer consequências jurídicas não só para os apoiadores, mas também para o ex-chefe do executivo.

Com um futuro complicado, Jair Bolsonaro deverá responder a inquéritos no STF por ataques contra o sistema eleitoral brasileiro e no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a outras ações por razões semelhantes que podem levá-lo a uma pena de inelegibilidade.

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