Coluna FocoPolítico desta quarta-feira
O projeto que prevê a reforma no funcionamento do Poder Executivo durante a gestão Raquel Lyra foi aprovado na Alepe com uma ampla maioria dos votos, mas contou também com votos contrários dos deputados José Queiroz (PDT), João Paulo (PT) e da deputada Jô Cavalcanti (Juntas-PSOL).
Apesar de considerada uma vitória do governo, o clima da nova gestão com os deputados estaduais não parecem ser um dos melhores e pode trazer desdobramentos em um futuro bem próximo. O deputado José Queiroz (PDT), que votou contrário a proposta da governadora argumentou que a decisão estaria equivocada e que a gestora poderia cometer o mesmo erro que cometeu no início da gestão enquanto prefeita de Caruaru.
A verdade é que José Queiroz mostrou uma insatisfação com a falta de diálogo por parte do executivo, e talvez tenha representado muitos dos seus colegas parlamentares que gostariam de manifestar a mesma insatisfação, mas por uma questão de “estratégia política” acreditam não ser o momento oportuno para um embate com o novo governo.
A governadora teve o seu primeiro “não” na Comissão de Justiça da Alepe na proposta do Fundo de equilíbrio fiscal. Raquel enviou uma prorrogação com tempo de dois anos, mas só foi aprovado por um ano, a comissão reduziu pela metade do tempo. Após a derrota, o Projeto de Lei Ordinária nº 3842/2023, que trata da renovação do Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (FEEF) foi retirado de pauta e retorna as comissões para ser discutido novamente.
Com pouco diálogo, Raquel insiste em um governo independente, que apesar de ter contemplações políticas pontuais, deixou de fora grande parte dos partidos aliados e parece está decidida a seguir pelo caminho mais difícil e manter a tensão entre legislativo e executivo.