Avançam ações para tornar Bolsonaro inelegível, mas ex-presidente não deve ser preso

Coluna FocoPolítico desta sexta-feira

Em um movimento sincronizado, os três Poderes da República (Executivo, Judiciário e Legislativo) parecem atuar em consenso para tornar inelegível o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o mais rápido possível.

Na opinião de ministros e juristas, um pedido de prisão não deve ser pautado nesse primeiro momento, mas avançam as ações no TSE que podem torná-lo inelegível ainda no primeiro semestre de 2023.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), parece não esconder o seu desafeto com o ex-chefe do executivo e volta e meia repete que Bolsonaro estava por trás do golpe “fracassado” do dia 8 de janeiro. Nos corredores do congresso nacional, a opinião entre parlamentares governistas e alguns ligados ao ex-presidente acreditam que há elementos suficientes para a decretar a inelegibilidade.

Com um movimento sincronizado que deve atingir Jair Bolsonaro, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, já estaria se movimentando para garantir um “plano B” em 2026, caso o ex-chefe do executivo não possa concorrer às eleições. A possibilidade da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro substituí-lo na disputa é vista com bons olhos e deve ser testada pelo partido.

Na verdade, é praticamente dado como certa a inelegibilidade de Jair Bolsonaro pelos crimes eleitorais. Já uma eventual prisão por prática de outros crimes, como tentativa de golpe de estado ou corrupção, não deve ser levada em conta no momento. Ainda assim, existe um risco de um juiz de primeira instância determinar a prisão, mas com grandes chances de ser revertida em tribunais superiores até um julgamento definitivo.

BOM CARNAVAL — Desejamos aos nossos leitores um carnaval com muita alegria e segurança. Nossa Coluna FocoPolítico fará uma pausa durante o período carnavalesco e retornará na próxima quinta-feira, 23 de fevereiro.

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