Coluna FocoPolítico desta quarta-feira
A deputada estadual Dani Portela (PSOL), foi oficializada como a nova líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco em um bloco formado entre PSB e PSOL. O anúncio da liderança oposicionista parece não ter sido bem digerido por integrantes do governo Raquel Lyra, que temem uma “fritura” maior nas críticas ao novo governo, e talvez por isso queriam um parlamentar do PSB ocupando o posto.
Se tivesse o poder de indicar quem iria liderar a oposição, certamente Raquel apontaria para um deputado socialista, uma vez que ficaria fácil rebater qualquer críticas com ataques ao governo que lhe antecedeu. No dia de ontem inclusive, a governadora fez questão de expor as dívidas milionárias deixadas pela gestão do PSB que estão sendo pagas na atual gestão.
Agora a governadora Raquel Lyra (PSDB), vai precisar de bastante jogo de cintura e articulação junto aos partidos e deputados para evitar possíveis desgastes, já que a atual líder da oposição nunca esteve na frente do executivo. A deputada e o seu partido, o PSOL, não podem ser responsabilizados pelas ações das gestões anteriores, o que a torna praticamente isenta e blindada para enfrentar o governo.
Dani possui experiência no legislativo e com uma fiscalização pesada pode acabar dando bastante trabalho para o executivo. Nos corredores da Alepe, interlocutores sinalizam que a oposição pode acabar ganhando respaldo em cima da falta de diálogo entre o atual governo e a ala política.
OPOSIÇÃO — Oficialmente, o novo bloco de oposição conta com 13 deputados do PSB e 1 do PSOL, o que representa quase 1/3 dos parlamentares.
FALTA UNIDADE — Apesar de possuir a maior bancada, o PSB não conseguiu a unidade entre seus correligionários e tem deputado socialista que anda dizendo que não vai fazer oposição.
