Coluna FocoPolítico desta quinta-feira
A chegada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil deve movimentar o cenário político nacional. Em Brasília, um esquema de segurança especial foi montado para garantir a ordem no entorno do aeroporto Juscelino Kubitschek, onde acontece o desembarque do ex-presidente na manhã desta quinta-feira.
De volta ao país, Bolsonaro deve aumentar as provocações em direção ao atual presidente Lula e a gestão do PT, o que é natural no jogo político. Nos bastidores, a estratégia petista é deixar Bolsonaro falando sozinho, ou apenas para os seu apoiadores e militantes bolsonaristas. Lula deve ignorar qualquer ataque do seu antecessor, mas no meio político a dúvida é até quando o atual presidente conseguirá aguentar escutar as provocações e não reagir.
As respostas aos possíveis ataques devem partir de terceiros, que serão escalados para compor a “tropa de choque” petista. Nomes como o de Gleisi Hoffmann e outras lideranças do PT devem ser escolhidos.
O retorno do ex-presidente Bolsonaro é estratégico para o PL, que tem o objetivo de fortalecer a legenda para as disputas municipais de 2024 e eleger o maior número de prefeitos possíveis. É preciso fazer o dever de casa nas eleições do próximo ano para disputar a presidência em 2026.
FIEL ESCUDEIRO — O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto (PL), deve voltar a ter protagonismo ao lado do ex-presidente Bolsonaro e pode chegar fortalecido em 2024. Resta saber como ficará a relação do ex-ministro no PL Pernambuco e com o grupo dos Ferreiras.
EMPOSSADO — Após um longo período de espera, o ex-governador Paulo Câmara finalmente assumiu como novo presidente do Banco do Nordeste (BNB) e deve voltar ao jogo político integrando a cota pessoal do presidente Lula.
PRORROGADO — O senador Jarbas Vasconcelos decidiu prorrogar a licença por mais um mês e mantém Fernando Dueire no cargo até 30 de abril. Jarbas parece bastante satisfeito com a atuação de Dueire no Senado Federal.
NO VAREJO — A governadora Raquel Lyra parece ter decidido negociar no varejo e vem recebendo os deputados individualmente no palácio. Apesar de custar mais caro, a atitude deve fortalecer a relação com o parlamento e repercutir de forma positiva para o governo.
