A queda do ministro do GSI pode gerar a primeira crise do governo Lula

Coluna FocoPolítico desta quinta-feira

A crise parece ter se instalado no governo Lula após o vazamento das imagens que mostram que o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o militar da reserva Gonçalves Dias, estava dentro do Palácio do Planalto no momento da invasão a sede dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.

O vídeo gerou uma verdadeira crise no governo, que resultou no pedido de demissão do general G. Dias. A bancada da aposição não perdeu tempo, e de imediato apontou a participação do governo nos atos. Apesar do presidente Lula (PT) tentar evitar a CPI, após a crise instalada, os próprios governistas querem a abertura de uma CPI sobre os atos de 8 de janeiro.

A verdade é que a primeira queda de um ministro no governo Lula traz repercussões negativas e coloca o governo no meio da CPI dos atos antidemocráticos. A oposição vai tentar desviar o foco do bolsonaristas presos e os verdadeiros financiadores dos atos, para explorar os vídeos divulgados contra o próprio governo e criar teorias de quem seriam os verdadeiros responsáveis pela destruição, ou ao menos quem teria sido negligente ao não impedir o acesso aos três poderes.

Interlocutores que circulam próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliam que o chefe do executivo ficou bastante abalado com as imagens, principalmente pelo fato do general integrar ao núcleo de confiança e sua cota pessoal.

RECUOU — Apesar de admitir a preferência por uma mulher na vaga do TCE, a governadora Raquel Lyra não quis se indispor com os parlamentares e reafirmou que a indicação é do legislativo e o executivo não deverá interferir na escolha.

PODER DE FOGO — Apesar das dificuldades e da movimentação no senado federal, João Campos conseguiu a autorização para o empréstimo de R$ 2 bilhões junto ao Banco Mundial. A liberação do crédito foi aprovado com 63 votos favoráveis.

DISTANCIAMENTO — O clima não parece nada bom entre a governadora Raquel Lyra e o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro. É muito provável que os dois gestores sigam caminhos diferentes em 2024.

SEM DESEMPENHO — O governo estadual não parece nada satisfeito com o desempenho da secretária de Justiça e Direitos Humanos, Lucinha Mota, a frente da pasta. Nos corredores do palácio, é só uma questão de tempo para ela deixar o cargo.

MUDANÇA NO JOGO — A notícia de que o palácio não deve engolir um candidato do PSB na vaga do TCE pode fazer com que o presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB) volte atrás e desista de apoiar a candidatura de Rodrigo Novaes (PSB).

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