Coluna FocoPolítico desta quinta-feira
As dificuldades do governo Lula ficam cada vez mais evidentes e o presidente talvez tenha achado que iria governar da mesma forma quando assumiu pela primeira vez em 2003, ou que seria simples mudar a chave e voltar para o ponto que entregou o governo em 2011.
Na verdade, encontrou um poder executivo muito diferente e precisará aprender a lidar com um congresso ríspido e bem calejado, sem responsabilidade diretas sobre o rumo das ações. Com o poder das decisões, o Congresso Nacional pode quase tudo com quase nenhuma responsabilidade. O presidente Lula (PT) precisará arcar sozinho com as consequências dos seus atos e das decisões dos deputados e senadores, que definem o rumo do país.
Na queda de braço para aprovar projetos importantes para o executivo, precisará conquistar a simpatia de uma parcela numerosa de deputados federais e senadores. Não são poucos, estamos falando de 513 deputados e 81 senadores, cada um preocupado com suas próprias pautas.
Um parlamentar da base chegou a comentar que o grande problema é ter um Governo de esquerda governando com um Congresso de direita. Não existe outro caminho, se não uma repactuação de poder.
O presidente já entendeu que não adianta medir forças, os dois lados acabam perdendo e o ônus sempre será do governo. Como se não bastasse, as duas casas do legislativo parecem não falar a mesma língua, e o governo fica no meio tentando achar o ponto de consenso.
Não existe outro caminho, se não estiver andando de mãos dadas com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), dificilmente Lula conseguirá fazer um bom governo.
GESTO SIMBÓLICO — Seguindo os protocolos, Rodrigo Novaes deverá ser recebido pela governadora Raquel Lyra no Palácio Campo das Princesas para o ato de nomeação como novo conselheiro do TCE.
FORTES CHUVAS — Prefeitura do Recife abre cinco abrigos devido às chuvas intensas. Espaços acolhem famílias afetadas, com demandas da Defesa Civil. Governo do estado segue em alerta e com equipes fazendo o monitoramento.
CRÍTICAS — Marina Silva parte para o embate e afirma que o Congresso está ‘depenando’ Ministério do Meio Ambiente. Ministra protesta contra articulação para esvaziar pasta: “Parece que querem reeditar o governo Bolsonaro”
INSUSTENTÁVEL — Uma possível saída da ministra Marina Silva do Governo Lula começa a ganhar força devido à sua oposição contrária a exploração de petróleo na foz do Amazonas proposta pela Petrobras.