Túlio Gadelha poderá disputar prefeitura do Recife e dividir votos da esquerda

Coluna FocoPolítico desta segunda-feira

A disputa pela prefeitura do Recife em 2024 poderá provocar desentendimentos entre partidos aliados ao presidente Lula (PT), e a possível entrada de Túlio Gadelha (Rede) deve dividir os votos da esquerda com o atual prefeito João Campos (PSB). Para emplacar uma candidatura própria, Gadelha precisa convencer o PSOL de que é a melhor opção para o pleito, já que ambos os partidos fazem parte da federação Rede/PSOL. O maior desafio é encontrar o ponto de equilíbrio com a deputada estadual Dani Portela, que também parece ter interesse em entrar na disputa do próximo ano.

Nos corredores do palácio Campo das Princesas, uma ala do governo Raquel Lyra parece simpatizar com a possível candidatura de Túlio Gadelha, que interfere diretamente na reeleição do socialista João Campos e na conjuntura da frente popular do Recife. A ideia parece ser a mesma de 2022, quando vários partidos lançaram múltiplas candidaturas para forçar um segundo turno, que acabou elegendo a própria Raquel Lyra.

Com a esquerda dividida, será imprescindível a união de forças políticas e a disputa pelo comando da capital pernambucana ficará ainda mais acirrada. Túlio Gadelha deve investir no discurso de alternância de poder, já que o PSB está no comando da máquina municipal desde 2013.

Do outro lado, o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto deverá ser o candidato do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e vai buscar os votos dos eleitores de direita e centro-direita, apostando todas as fichas no antipetismo.

NO JOGO — A vice-governadora Priscila Krause da sinais que não deve disputar a prefeitura do Recife e o atual secretário de Turismo, Daniel Coelho (Cidadania) pode se consolidar como candidato de Raquel Lyra.

FORTES CHUVAS — No domingo, a Apac elevou o alerta das chuvas na RMR e Matas Norte e Sul para ‘estado de atenção’ e governadora Raquel Lyra coloca equipes estaduais em alerta para atender possíveis emergências.

DE OLHO EM 2026 — Apesar do senador Humberto Costa (PT) ter seu nome lembrado para disputar o governo estadual em 2026, a quem aposte que ele já estaria pavimentando a reeleição para o senado federal.

INELEGIBILIDADE — Próximo do julgamento que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto fez um apelo pelo e afirmou que o “TSE vai errar se torná-lo inelegível”.

EM DEFESA — O deputado federal Clodoaldo Magalhães (PV) saiu em defesa do Padre Airton e disse acreditar na sua ‘conduta como homem, santo e pecador, como todos que o atiram pedras nesse momento’.

DESENTENDIMENTO — As disputas entre Alexandre Padilha e José Guimarães, responsáveis pela articulação política do Planalto estariam atrapalhando a relação do presidente Lula com Congresso.

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