Coluna FocoPolítico desta quinta-feira
A recente absolvição de Sérgio Moro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não foi apenas um episódio jurídico, mas um complexo jogo político que expôs alianças ocultas nos bastidores do poder brasileiro. Moro, que enfrentava acusações de abuso de poder político e econômico, viu seu mandato ser preservado por uma votação unânime de 7 a 0. Mas, afinal, a quem ele deve essa vitória?
O papel de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, foi fundamental. Pacheco atuou como um habilidoso articulador para influenciar ministros do TSE. Ele argumentou que a cassação de Moro só iria acirrar ainda mais os ânimos entre o Senado e a Justiça, um cenário que ele acreditava ser prejudicial para ambas as instituições.
Por trás das cortinas, a rede de apoio a Moro se ampliou. Figuras ligadas ao presidente Lula (PT) também se mobilizaram de forma velada, apesar das declarações públicas negando qualquer envolvimento. A motivação era clara: a cassação de Moro poderia fortalecê-lo como um mártir da direita, pavimentando o caminho para candidatos ainda mais radicais.
A possibilidade de um alinhamento entre Moro e Bolsonaro em uma eventual campanha de 2026 é uma preocupação que não passa despercebida pelos estrategistas políticos, tanto de direita quanto de esquerda.
Aliados bolsonaristas investem na tentativa de manter Moro como um aliado potencial, especialmente se Bolsonaro permanecer inelegível e precisar de apoio para enfrentar Lula com um novo candidato.
Por fim, não se pode ignorar a decisão unânime do TSE. Os ministros, ao proferirem seus votos, destacaram a falta de provas sólidas contra Moro, sublinhando que a legislação vigente não é clara. Mas, além do aspecto técnico, há uma percepção de que a Justiça brasileira precisou acenar para a política em um momento de extrema polarização.
A permanência de Moro no Senado não é apenas uma vitória pessoal, mas um reflexo das alianças e estratégias que moldam a política brasileira.
ACENO — A governadora Raquel Lyra rasgou elogios ao deputado federal Túlio Gadelha (Rede), que tenta viabilizar a candidatura a prefeito do Recife pela federação PSOL-Rede após Dani Portela (PSOL) ser oficializada pré-candidata.
AMUPE — A frente da presidência Amupe, Marcelo Gouveia, tem se preocupado com a organização e tem sido muito elogiado pelos colegas na Marcha dos Prefeitos em Brasília. Gouveia tem tudo para fazer uma excelente gestão.
PERSE — Autor da proposta original, o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) celebrou a sanção do presidente Lula (PT) da lei que mantém incentivos para a Retomada dos Setores de Eventos e Turismo (PERSE).
SAIU EM DEFESA — Após a bancada estadual do PSB pedir a exoneração da Secretária de Saúde, a governadora Raquel Lyra (PSDB), disse que a secretária Zilda Cavalcanti está “fazendo o seu trabalho” à frente da pasta.
BEM ENCAMINHADO — O União Brasil caminha a passos largos para oficializar o apoio a reeleição do prefeito João Campos (PSB). A articulação estaria sendo conduzida pelo ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB).
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