Presidente Lula articula reforma ministerial de olho em 2026 e deve abrir espaço para Rodrigo Pacheco no governo.
As movimentações para a esperada reforma ministerial no governo Lula começam a ganhar corpo nos bastidores de Brasília, com especulações sobre a possibilidade de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente do Senado, assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A expectativa é que Pacheco passe a integrar o governo após deixar a presidência do Senado Federal e passar o bastão para seu sucessor, Davi Alcolumbre (UNIÃO BRASIL-AP).
Se aceitar o convite, que ainda não foi formalizado pelo presidente Lula (PT), Pacheco poderá ser um elo estratégico entre o governo federal e a Câmara Alta, além de exercer forte influência no empresariado mineiro. A escolha teria um peso político relevante, já que Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país, é um estado-chave para as eleições de 2026.
Apesar do cenário parecer bem desenhado, a articulação está longe de ser um fato consumado. Lula, como de costume, não deve antecipar nenhum movimento antes das eleições das mesas diretoras da Câmara e do Senado, previstas para 1º de fevereiro.
Na última reunião ministerial, o presidente foi claro ao cobrar lealdade dos ministros mais alinhados ao centro e centro-direita, indicando que a reforma não será apenas técnica, mas também política. A verdade é que políticos próximos ao petista afirmam que a reforma ministerial só deve acontecer após o Carnaval, e até lá muita coisa poderá mudar e as especulações continuarão movimentando o meio político.
IMBRÓGLIO
— O PT em Pernambuco enfrenta dilema para 2026 e segue dividido entre seguir com João Campos (PSB) ou apoiar Raquel Lyra (PSDB). Lideranças petistas estão longe de chegar a um consenso, e o imbróglio deve se estender.
MANDOU RECADO
— Enquanto a senadora Teresa Leitão acredita que o PT vai ficar com o PSB, o senador Humberto Costa afirma que o apoio do PT a Campos não está condicionado a cargos e deixa claro que não há nada definido.
POLÊMICO
— Após polêmica sobre vídeo com Donald Trump, o ex-candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, afirmou que o vídeo foi gravado no início de janeiro e postado no dia da posse de Trump por questão de engajamento.
CRISE DO PIX
— Enquanto o governo recuou para encerrar o assunto e desarmar a oposição, Haddad parece não engolir a crise do PIX e agora acusa o ex-presidente: “Tenho para mim que Bolsonaro está por trás disso”.
ESTRATÉGICO
— Para ajustar as pautas e demandas dos municípios, a governadora Raquel Lyra tem recebido uma série de prefeitos no Palácio e deve priorizar as demandas e agilizar ações do governo.