A provável vitória de Motta e Alcolumbre para a presidência da Câmara e do Senado

Coluna FocoPolítico desta sexta-feira

Mudança na presidência da Câmara e do Senado fortalece o Centrão e cria novo desafio para o Planalto

A eleição deste sábado (1º) para definir a mesa diretora e a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado deverá consolidar o fortalecimento do Centrão e impor novos desafios ao governo Lula. Favorito ao pleito, Hugo Motta (Republicanos-PB) deve ser eleito o novo presidente da Câmara, enquanto Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) deverá retornar ao comando do Senado. Ambos devem ser eleitos sem nenhuma dificuldade e com ampla vantagem, garantindo a continuidade da influência do bloco político sobre o Legislativo.

Motta, que conta com o respaldo do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conseguiu construir uma aliança que vai do PT de Lula ao PL de Bolsonaro, demonstrando sua habilidade política em construir pontes. Com um discurso conciliador, tem sinalizado que “o Brasil precisa de união, de convergência de ideias e de respeito à pluralidade.”

A vitória de Motta e Alcolumbre, caso confirmada, reforça o protagonismo do Congresso Nacional e impõe ao governo a necessidade de novas negociações para garantir a governabilidade. Embora o Planalto tenha evitado interferir diretamente na disputa, Lula fez um movimento estratégico ao liberar ministros congressistas para votarem, em um claro sinal de apoio aos favoritos.

A expectativa é que o novo cenário exija maior articulação do Executivo. Enquanto Hugo Motta deve ser mais flexível nas negociações, Alcolumbre deve adotar uma postura mais firme, semelhante à de Lira na Câmara. Com um Legislativo fortalecido e um Centrão ainda mais consolidado, Lula precisará ampliar seu espaço de diálogo se quiser evitar entraves à sua agenda.

FAVORITISMO

— Com uma articulação que apenas grandes líderes possuem no Congresso, o jovem deputado federal Lula da Fonte (PP-PE) deve ser eleito neste sábado (1º) para a segunda vice-presidência da Câmara.

INDEPENDENTE

— Dividido entre João e Raquel, o MDB anunciou a saída do bloco governista na ALEPE. O único deputado do partido, Jarbas Filho, declarou independência e decidiu não aderir a um novo grupo político.

REFERÊNCIA

— O TJPE conquistou o primeiro lugar no Brasil em número de julgamentos de crimes dolosos contra a vida. Os números colocam o Tribunal de Justiça do Estado à frente de grandes cortes brasileiras, como a de São Paulo.

DOIS LADOS

— Aumentam os rumores sobre a possibilidade de o PT ter dois palanques em Pernambuco. Pelo andar da carruagem, dificilmente Lula tomará partido na disputa estadual entre João Campos e Raquel Lyra.

ALFINETOU

— Às vésperas de deixar a presidência da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) afirma que popularidade do governo Lula não se resolve apenas com reforma ministerial, é preciso arrumar a economia, gerar empregos e controlar inflação.

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