A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) afirmou que não tem condições de dar continuidade ao tratamento de Roberto Jefferson na prisão, após o hospital particular onde o ex-deputado está internado sugerir que ele pode receber alta.
A manifestação ocorre após Alexandre de Moraes determinar que a pasta realizasse exame médico-legal em Jefferson para verificar sua condição clínica e se tem condições de cuidar dele no presídio.
O exame, feito no último dia 9, apontou ser “indispensável o tratamento, com a manutenção do plano terapêutico e dos acompanhamentos propostos pelo médico particular e pelo estabelecimentos de saúde privados”.
Segundo relatório hospitalar, o ex-deputado está apto a continuar os cuidados fora da unidade. O documento afirma que “o ex-presidente do PTB encontra-se “estável clinicamente, recebendo visitas regulares da equipe de clínica médica, de psiquiatria e atendimento diário pela fisioterapia e nutrição”.
O advogado João Pedro Barreto também anexou no processo uma avaliação conduzida pelos médicos particulares de Jefferson que destaca a necessidade de cuidados específicos.
Agora, a junta médica da Seap concluiu que, apesar da condição do paciente ter sua atual estabilidade clínica, a manutenção dos cuidados medicamentosos é importante para evitar piora clínica das patologias crônicas (Diabetes, hipotireoidismo, Hipertensão Arterial, Doença coronariana e Anemia Crônica) e principalmente manutenção do controle nutricional, evitando novo quadro de desnutrição e recidiva da colangite (inflamação do ducto biliar)”.
O relatório concordou com os cuidados sinalizados pelos médicos particulares e disse ser necessário o acompanhamento multiprofissional, o que inclui nutricionista, fisioterapeuta, cardiologista, psiquiatra.
Em agosto do ano passado, a Seap já tinha dito ao STF que não dispunha dos meios necessários para oferecer tratamento a Jefferson. Ou seja, a tendência é que ele não volte à cadeia para cumprir sua prisão preventiva.