Partidos acusam governador de São Paulo de crime de responsabilidade e interferência eleitoral
A bancada do PT/PCdoB/PV e do PSOL/Rede na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) protocolou, na quarta-feira (30), um pedido de impeachment contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A medida ocorre após declarações de Tarcísio sugerirem que o grupo criminoso PCC teria apoiado Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições municipais.
O documento apresentado pela oposição alega que, ao fazer essa acusação, o governador teria cometido crime de responsabilidade, especialmente por não repassar provas ao Tribunal Eleitoral. Segundo o texto, Tarcísio deveria ter encaminhado informações oficiais às autoridades competentes para investigação, em vez de usá-las como argumento em campanha política.
No pedido, os partidos afirmam que a conduta de Tarcísio teria interferido no livre exercício do voto e faltado com o decoro exigido pelo cargo. A ação argumenta que o uso dessa informação como “peça de campanha” para favorecer aliados do governador desrespeitou normas eleitorais e o processo democrático.
A oposição solicita que a Alesp abra um processo formal de impeachment contra o governador. Segundo o documento, há elementos suficientes para justificar a análise e posterior aplicação de penalidades legais, conforme previsto na legislação, incluindo a destituição do cargo de Tarcísio de Freitas.