Projeto de Ciro rumo ao Planalto pode estar com os dias contados e muda o jogo em Pernambuco
A campanha de Ciro Gomes (PDT) rumo ao Palácio do Planalto pode estar com os dias contados, depois que uma operação da Polícia Federal expôs um desgaste político entre correligionários e o pré-candidato a Presidente da República pelo PDT, principal alvo nas investigações sobre suposta corrupção nas obras do estádio de futebol Castelão, em Fortaleza.
Desidratando nas pesquisas de intenção de voto, Ciro Gomes está assistindo de camarote o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) se consolidar como a terceira via entre Lula e Bolsonaro na disputa pela Presidência da República.
Com o projeto do PDT afundando, aliados já cogitam uma possível reconciliação do partido com o PT, que pode terminar na federação, caso diretório nacional decida abrir mão de lançar um candidato e apoiar Lula nas próximas eleições.
Em Pernambuco, as consequências dessa aliança podem garantir o mandato do deputado federal Wolney Queiroz (PDT), e do deputado estadual Zé Queiroz (PDT), que possuem o comando do partido no estado, mas atualmente não tem uma chapa competitiva.
O recuo de Ciro Gomes à presidência deverá garantir o partido na frente popular liderada pelo PSB, e uma possível federação entre PDT e PT garantiriam à reeleição de Wolney e Zé, sem a necessidade da saída para disputar as eleições em grandes chapas.
O fato é que até as principais lideranças do PDT preferem uma união da esquerda do que apostar no sonho de Ciro, e colocar em risco os seus próprios mandatos.