André de Paula e Silvio Costa Filho perdem força para Eduardo da Fonte na briga pelo Senado
Em meio as especulações de quem seria o escolhido para disputar o senado com o apoio da frente popular, os nomes de André de Paula (PSD) e Silvio Costa Filho (Republicanos) vinham sendo colocados como possíveis postulantes ao cargo, mas acabaram perdendo força nos últimos dias e o palácio parece está disposto a bater o martelo e oficializar Eduardo da Fonte (PP) como senador na chapa liderado pelo PSB.
Na última terça-feira, Eduardo da Fonte foi a mesa com o governador Paulo Câmara (PSB) e interlocutores comentam que o governo sinalizou positivo para a indicação do Progressistas, que está a mais de 15 anos na frente popular e possui a segunda maior bancada na Assembleia Legislativa, atrás apenas do próprio PSB.
Na balança para a escolha do nome que vai disputar o senado, pesou em favor do PP o 3º maior tempo de rádio e TV e o 4º maior fundo eleitoral do país. Em reserva, alguns aliados comentam que o Progressistas seria o único partido com possibilidade de acomodar aliados de confiança do PSB que estariam com dificuldades para montar chapa, e nomes como Clodoaldo Magalhães (PSB), Raul Henry (MDB), Augusto Coutinho (Solidariedade) e o próprio André de Paula (PSD) poderiam desembarcar no PP para disputar a reeleição.
Entre os 3 postulantes, Da Fonte é o que mais goza da confiança do ex-presidente Lula, que deve avalizar sua candidatura ao senado. Na majoritária, Eduardo tem condições de eleger o seu filho, Lula da Fonte com mais de 150 mil votos para deputado federal, e ainda assim oferecer apoios de prefeitos para salvar o mandato de alguns aliados palacianos.
PERDEU FORÇA
Pode ter enfraquecido a postulação de Silvio Costa Filho a sua própria trajetória, onde militou em campos opostos ao dos socialistas, sendo inclusive líder da oposição na Alepe no primeiro ano do governo Paulo Câmara (PSB).
Na visão alguns aliados ao palácio, o jovem Silvio Costa Filho, com apenas 39 anos poderia ser um potencial concorrente de João Campos (PSB) caso estivesse na cadeira de Senador, podendo disputar o Governo de Pernambuco em 2026 sem riscos, uma vez que estaria no senado até 2030.
Nos bastidores, a saída de Silvinho poderia inviabilizar a chapa de federal do Republicanos e desagradar a direção nacional, que tem o objetivo de ampliar a bancada na câmara federal.
André de Paula (PSD) seria um quadro extremamente qualificado para ocupar uma cadeira no senado, mas enfrentou questões partidárias que atrapalharam o processo e seu sonho rumo a câmara alta começa a perder força.
Sem condições de oferecer legenda para aliados do PSB que não conseguiram montar chapa de federal, o PSD ainda deverá encontrar resistência dos petistas, uma vez que o partido deverá ter candidato a Presidente nas eleições deste ano.
Em uma possível conjuntura nacional entre PSB e PT, que devem ter Lula (PT) disputando à Presidência da República, o partido não vê com bons olhos a possibilidade de um palanque em Pernambuco com um senador que não esteja fechado 100% com Lula, inviabilizando de vez a indicação de André para o senado.