O maior erro da oposição é insistir nas múltiplas candidaturas para forçar um segundo turno
O cenário na oposição fica cada vez mais acirrado, e a entrada de Marília Arraes na disputa pelo Governo de Pernambuco fragmenta ainda mais os votos daqueles que desejam a mudança.
A quem acredite que múltiplas candidaturas é o melhor caminho, já que deve forçar um segundo turno nas eleições. Mas com Raquel Lyra, Anderson Ferreira, Miguel Coelho e Marília Arraes disputando a mesma cadeira de governador no grupo da oposição, pelo menos dois desses candidatos irão sair menor do que entraram, e caso a disputa saia do controle, devem se tornar adversários, fazendo com que seja inevitável a troca de ataques entre si.
Danilo, Marília e Anderson devem se apoiar na polarização nacional entre Lula e Bolsonaro, fazendo com que as dimensões se tornem bem maiores do que os demais.
Raquel e Miguel devem sentir o peso desta decisão e pode acabar patinando nas pesquisas, uma vez que Anderson será o reflexo da campanha nacional, e como candidato do atual presidente terá um eleitorado considerável.
Antes mesmo da campanha começar, Raquel Lyra já está mirando nas lideranças políticas do Sertão do São Francisco, reduto do pré-candidato Miguel Coelho, que faz a mesma ofensiva no Agreste. A verdade é que eles só estão trocando figurinhas, e podem acabar esquecendo quem é o seu principal adversário.
A decisão de renunciar às prefeituras de Caruaru e de Petrolina parecem está precipitada, e a falta de unidade pode levar todo o grupo da oposição para amargar uma grande derrota.