Coluna FocoPolítico desta quarta-feira

Para avançar em regiões que não foi bem votada no primeiro turno, Raquel vai precisar dos novos aliados

No segundo turno, o maior desafio da campanha de Raquel Lyra (PSDB) é acomodar da forma correta os seus novos aliados. Com um grupo bem maior do que disputou o primeiro turno, a tucana precisa ter cautela para posicionar a sua tropa de choque de deputados federais, deputados estaduais, prefeitos e vereadores que chegaram para somar ao seu grupo político. Apesar do alto desempenho da sua campanha no primeiro turno, Raquel teve um resultado inexpressivo em algumas regiões do estado e precisa reverter o cenário e avançar nessas áreas específicas. Com apoios locais importantes em cidades originalmente dominadas pela esquerda, a chegada desses novos atores políticos que em sua grande maioria estiveram e continuam apoiando o ex-presidente Lula (PT) podem chancelar o crescimento de Raquel nessas regiões.

Além de atrair o eleitor bolsonarista, tendo em vista que o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou sem palanque no estado, Raquel Lyra pode somar uma parte dos votos da esquerda e mostrar para os pernambucanos que pode ser a candidata de qualquer presidente.

O apoio do gigante Partido Progressistas, sob o comando do deputado federal Eduardo da Fonte, que conseguiu unificar as forças políticas em torno de Raquel Lyra e colocou 10 deputados estaduais de mandato na linha de frente da campanha. Palanques lulistas com Kaio Maniçoba no sertão de Itaparica e a deputada Roberta Arraes no sertão do Araripe, regiões que Raquel não foi bem no primeiro turno, mas agora conta com o apoio de lideranças com votações expressivas, Roberta inclusive saiu majoritária do Araripe.

No PSB, Rodrigo Novaes teve mais de 80 mil votos e também se consolidou como uma força regional do Sertão de Itaparica. O deputado eleito Danilo Godoy é um grande expoente no agreste, e assim como Rodrigo, também integra a base de apoio à Lula (PT) no estado.

No sertão do São Francisco, o grupo dos Coelhos, que declarou apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) deve ter sua força política capitalizada para Raquel. Já no Sertão do Pajeú, a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT) é uma das principais lideranças e terá um papel fundamental na campanha.

Nos bastidores, existe um desconforto entre algumas pequenas lideranças locais, que apoiaram Raquel desde o primeiro turno, mas com uma votação inexpressiva não conseguem aceitar o critério “tamanho” e tem gerado uma grande dor de cabeça para coordenação de campanha administrar os espaços com aqueles maiores que chegam para fortalecer o grupo.

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