Durante pronunciamento na sessão plenária desta segunda-feira (19), a deputada Delegada Gleide Ângelo endureceu seu discurso contra a forma como o executivo estadual tenta aprovar na Casa o projeto 712/2023. A medida, que já havia sido rejeitada nas Comissões de Orçamento e Finanças e de Educação, concede reajuste do piso salarial a apenas parte dos professores do Estado, excluindo mais de 52 mil profissionais da categoria, entre professores efetivos, aposentados, analistas e servidores administrativos.
“Todos são contra esse projeto, que já foi reprovado nas comissões da assembleia. Qual a coerência para que ele volte a tramitar na plenária, onde todos: o sindicato, os professores, os deputados e a população são contrários a proposta?”, questionou.
A Delegada ainda apontou a intransigência do executivo na imposição de pautas básicas: “O que estamos vendo aqui é um indicativo de como o Governo do Estado está tratando os trabalhadores de Pernambuco — com vaidade, prepotência, arrogância e insistência em não reconhecer os erros. Por isso que estamos aqui para provar que quem ganha é o bom senso e o diálogo. Saber sentar, ouvir e dialogar. A Assembleia tem autonomia. Todo mundo que chegou aqui nessa Casa, chegou nomeado pelo povo; e se essas pessoas não aceitam esse projeto, é o nosso papel aqui fazer ressoar a voz do povo, que é contra essa proposta e exige transparência e diálogo”.
O projeto 712/2023 foi retirado da pauta do dia após uma articulação entre os líderes de seis partidos. Uma nova rodada de negociações entre o sindicato e o Estado está prevista para a próxima quarta-feira (21).