Presidente do Sindicado dos Rodoviários é detido no terceiro dia de greve dos ônibus

No terceiro dia de greve dos ônibus no Grande Recife, ocorrida nesta sexta-feira (28), a situação tornou-se ainda mais tensa. Além de diversos coletivos terem tido os pneus furados para impedir sua circulação, a detenção do presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, marcou o episódio.

A prisão aconteceu em frente à garagem da empresa Pedrosa, localizada no bairro de Nova Descoberta, na Zona Norte do Recife. A Urbana, Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco, alegou que Aldo Lima foi detido por desobediência e desacato. Segundo o Sindicato dos Rodoviários, ele estava tentando marcar uma assembleia com outros trabalhadores da categoria.

A Polícia Militar (PM) relatou que uma equipe do 11º Batalhão foi chamada para liberar o acesso à garagem da empresa Pedrosa, porém, ao chegar lá, Aldo Lima impedia a saída dos veículos, mesmo com uma ordem judicial para a liberação. Quando solicitado a se retirar, ele teria desacatado os policiais e resistido à ordem de saída.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários foi conduzido pelos policiais militares para a Central de Plantões da Capital, localizada em Campo Grande, na Zona Norte do Recife. No entanto, foi liberado por volta das 7h40 da manhã.

De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado como desobediência, após o sindicalista de 39 anos mobilizar um grupo de manifestantes até uma empresa de transportes. Testemunhas relataram que esse grupo bloqueava a saída dos ônibus e impedia o trabalho dos funcionários que não aderiram à greve. Aldo Lima teria desobedecido uma ordem judicial e se recusado a sair da frente de um ônibus que estava saindo da empresa, colocando sua vida e a de terceiros em risco. Após os procedimentos legais na delegacia e a assinatura de um Termo de Compromisso, ele foi liberado.

Além da detenção do presidente do Sindicato dos Rodoviários, foram registrados outros incidentes durante a greve, como a depredação de veículos, incluindo ônibus que tiveram os pneus furados por manifestantes.

Após 48 horas de paralisação, o metrô retomou suas operações, enquanto a situação da greve dos ônibus continuava a exigir atenção e diálogo entre as partes envolvidas.

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