No total, são cerca de R$ 150 milhões de dívida da holding da empresa de construção e imobiliária e mais R$ 650 milhões referentes ao Allianz Parque, o estádio do Palmeiras — a W. Torre não é dona da arena, mas fechou com o Palmeiras um contrato de construção, exploração e gestão da arena até 2044.
Quem conhece os detalhes do negócio, não tem dúvidas em cravar: o BTG vai executar a dívida num prazo de até 90 dias e se tornará o gestor do Allianz Parque.
A arena foi erguida pela W. Torre e inaugurada em 2014. Com a provável mudança de contraparte do Palmeiras, nada mudará no contrato que o clube fechou na década passada.
Assim, o Palmeiras continuará tendo participação integral nas receitas das partidas de futebol e de parte do que é arrecadado nos shows, além receber do BTG por todas as despesas relativas ao uso do espaço, como as de água, limpeza, seguros, luz, segurança, manutenções do gramado.
O Palmeiras e a W. Torre vinham se desentendendo publicamente há tempos. Leila Pereira, presidente do clube, já disse que a empresa deve R$ 136 milhões ao Palmeiras. Esse montante seria devido de obrigações a que a W. Torre teria deixado de pagar em bilheteria de eventos desde 2015.
Essa pendência deverá em breve ser travada com outro protagonista. O Palmeiras caminha para duelar agora com o BTG e não mais com a W.Torre.
(Atualização, às 12h36. A W. Torre enviou a seguinte nota: “Em relação a uma suposta venda da dívida da WTorre com o Banco do Brasil, a empresa tem o seguinte a esclarecer: 1) A WTorre está rigorosamente em dia nos pagamentos de seus financiamentos contratados até então com o Banco do Brasil.2) A WTorre lamenta especulações e ameaças vazadas à imprensa. Eventual negociação do crédito do Banco do Brasil tornaria uma nova instituição financeira apenas a credora do financiamento, sem nenhum direito de gestão sobre o Allianz Parque.”)