Coluna FocoPolítico desta terça-feira
O clima não parece nada bom entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), que andam se desentendendo sobre questões importantes para as discursões políticas e podem acabar dividindo o congresso. Pacheco propôs uma mudança na legislação do impeachment que obrigaria os presidentes da Câmara a analisar os casos em até 30 dias, eliminando o poder de “engavetar” pedidos de afastamento.
Como várias matérias aprovadas pela Câmara dos Deputados foram enterradas no Senado, incluindo a legalização do jogo e a reforma política que previa o retorno das coligações em eleições proporcionais, a relação cordial entre os presidentes da câmara e do senado parecem ter “azedado” de vez. Com a pressão elevada no congresso, e desentendimentos sobre as comissões mistas das Medidas Provisórias, Arthur Lira chegou a sugerir que cada senador fosse acompanhado por três deputados, enquanto a Constituição não prevê a paridade, mas apenas uma “comissão mista”. Rodrigo Pacheco não concordou com a sugestão e encerrou a questão com um ofício para a Câmara em março deste ano. Com a queda de braço instalada, Lira chegou a pedir de volta os apartamentos funcionais da Câmara ocupados por ex-deputados que se elegeram senadores, como Romário, Tereza Cristina e Alcolumbre, durante o impasse sobre a tramitação das MPs.
As diferenças entre os dois líderes têm afetado a tramitação de matérias importantes no Congresso. Embora Pacheco tenha sido mais incisivo na defesa das instituições, Lira tem maior poder como presidente da Câmara, já que é responsável por pautar as votações. A relação entre eles será crucial para o sucesso da agenda política do país nos próximos anos e coloca o governo em um verdadeiro fogo cruzado.
CLIMA TENSO — Deputados que circulam próximo aos presidentes da Câmara e do Senado afirmam que o clima entre Lira e Pacheco é de total acirramento. Os dois inclusive teriam deixado de se falar.
CAMPANHA — Contrário ao projeto de lei que cria o marco regulatório na internet, a gigante Google decidiu fazer campanha contra PL das Fake News e diz que “Pode piorar a internet”.
FORTALECIDO — O atual prefeito de Garanhuns, Silvaldo Albino (PSB), parece ter acertado os ponteiros da sua gestão e em ritmo acelerado poderá chegar em 2024 bastante fortalecido para à reeleição.
SÃO JOÃO — Com o maior São João da história, o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSDB) poderá imprimir a sua própria marca. A gestão parece agradar à população e o gestor é visto como uma grande surpresa do município.
