O jogo político por trás da reforma ministerial do governo Lula

Coluna FocoPolítico desta quarta-feira

Movimentação em janeiro pode excluir Lira e Pacheco, gerando tensão com o Centrão e dúvidas sobre a relação com o Congresso

A sinalização do ministro da Casa Civil, Rui Costa, de que a tão esperada reforma ministerial deve acontecer ainda em janeiro acendeu um alerta nas principais lideranças políticas do Congresso. O anúncio caiu como um balde de água fria na cúpula do Centrão, que esperava ver acomodados na Esplanada ao menos um dos dois líderes do Legislativo, Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Câmara, ou Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente do Senado.

Nos bastidores, a interpretação da fala de Rui Costa soa como um recado de que Lira e Pacheco não terão espaço no primeiro escalão do governo neste momento. Isso gerou desconforto entre aliados, que enxergam na exclusão um sinal de enfraquecimento político e de falta de articulação para garantir apoio ao governo no Congresso.

A verdade é que uma reforma ministerial em janeiro, sem a inclusão dos atuais presidentes da Câmara e do Senado, pode acirrar os ânimos e dificultar futuras negociações. Parece existir uma forte resistência dentro do próprio PT em relação à entrega de ministérios estratégicos ou próximos à Presidência da República ao Centrão.

Para tentar acalmar os ânimos e conter os rumores de insatisfação, aliados do presidente Lula têm garantido que a reforma ministerial será pontual e focada em ajustes técnicos, sem alterações significativas na estrutura dos ministérios palacianos.

APROVOU

— Câmara do Recife aprova reestruturação administrativa que redefine competências e cargos enviada pelo prefeito João Campos (PSB). Oposição critica falta de debate e possível aumento na folha.

CANTOU A PEDRA

— O prefeito de Aliança, Pedro Freitas, destacou o atual presidente estadual do PP, Eduardo da Fonte, como opção ao Senado em 2026, elogiando seu protagonismo político e impacto positivo para Pernambuco.

FUTEBOL PERNAMBUCANO

— O presidente do Santa Cruz, Bruno Rodrigues, celebrou o que chamou de “dia histórico” com a venda da SAF, que promete investimentos de R$ 1 bilhão para o clube tricolor pelos próximos 15 anos.

EMBATE

— O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) lidera o ataque da oposição contra a “fiscalização do PIX” no governo Lula. Seu vídeo alcançou mais de 155 milhões de visualizações, 10 vezes mais do que o do petista.

NÃO FALOU

— Durante a transmissão de cargo entre o agora ex-ministro Paulo Pimenta e o novo ministro da Comunicação, Sidônio Palmeira, chamou atenção a decisão do presidente Lula (PT) de não discursar.

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